Ceará

Campanha salarial

Ato marca lançamento da campanha salarial unificada 2023 dos servidores de Fortaleza

As organizações representativas definiram que o índice de reajuste a ser cobrado do prefeito Sarto será de 12,87%.

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
O percentual, de acordo com a organização, representa a inflação dos anos de 2022, 2020 e parte das perdas inflacionárias de 2017, usando como referência o IPCA. - Foto: Divulgação/Silvio Mota

Nesta quarta-feira (1º/02) aconteceu o lançamento da campanha salarial unificada 2023 dos servidores de Fortaleza. A ação teve início por volta das 8h na Câmara Municipal, durante o retorno do Legislativo, que contou com a presença do prefeito de Fortaleza José Sarto. Após reunião realizada na sede do Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos do Município de Fortaleza (Sindifort), as organizações representativas de servidores e empregados públicos do município de Fortaleza definiram que o índice de reajuste a ser cobrado do prefeito José Sarto neste ano será de 12,87%, a ser pago de forma não escalonada e com retroatividade a 1º de janeiro, data base da categoria.

O percentual, de acordo com a organização, representa a inflação dos anos de 2022, 2020 e parte das perdas inflacionárias de 2017, usando como referência o IPCA. Antônia Nascelia Silva, presidenta do Sindfort afirma que “A campanha salarial de 2023 é uma campanha que houve todo um esforço para que todas as entidades sindicais e associativas, que representam os servidores municipais de Fortaleza pudessem estar juntos nessa campanha, inclusive todas as centrais sindicais, CUT Ceará, tem a CTB, tem a CSP-Conlutas e Intersindical estão juntos conosco nessa campanha. Também a nossa Federação que é a Federação dos Servidores Públicos do Estado do Ceará (Fetamce) e diversos outros sindicatos”.


A ação teve início por volta das 8h na Câmara Municipal, durante o retorno do Legislativo, que contou com a presença do prefeito de Fortaleza José Sarto. / Foto: Divulgação/Silvio Mota

A organização também informa que a categoria tem hoje uma perda salarial histórica de 22,15%. Dados são de estudo do economista Aécio Oliveira, professor aposentado da UFC. “Fez-se um estudo que corresponde a uma perda histórica tendo como marco temporal o ano de 2008, que foi o ano que nós tivemos todos os planos de cargos, carreira e salários implantados. Foram implementados nessa época e a gente fez esse estudo das perdas que nós temos hoje 22.15%, considerando que em 2009 não tivemos o reajuste salarial, não tivemos nem a reposição salarial. 2017 não tivemos reajuste também e no ano de 2021, que a inflação do ano de 2020”, informa Antônia Nascelia.

As entidades sindicais cobram reajuste diferenciado para o magistério com índice de 14,95% (professores estão em greve). Reivindicam a reestruturação dos planos de cargos, carreiras e salários – PCCS (defasados há 16 anos), cumprimento dos pisos salariais e o fim dos descontos de 14% para aposentados e pensionistas, bem como redução dos descontos do IPM Saúde de 6% para 2%. Estes são os principais pontos de pauta da campanha unificada.

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Edição: Camila Garcia