Ceará

Imunização

Professores cearenses aguardam vacinação que deve iniciar no próximo fim de semana

Sindicalistas apontam que debates sobre volta às aulas deve acontecer só após a vacinação dos trabalhadores da educação.

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
Há muita expectativa por parte dos trabalhadores da educação para a vacinação - Tatiana Fortes

O governo do Ceará anunciou nos últimos dias que professores das redes públicas e privadas de ensino foram incluídos na fase 4 do Plano Estadual de Imunização e começarão a ser vacinados contra a covid-19. Anízio Melo, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos lotados nas Secretarias de Educação e de Cultura do Estado do Ceará e nas Secretarias ou Departamentos de Educação e/ou Cultura dos Municípios do Ceará – APEOC alerta que, apesar de ser uma vitória as reivindicações da categoria são mais amplas. “Entendemos que nossa luta tem que ser mais geral, a nossa posição é questionar, reivindicar, cobrar. Colocamos no governo Bolsonaro a culpa de não ter observado que essa pandemia podia tirar milhares de vidas. Não ter conseguido garantir uma ampla vacinação e nem mesmo articular a compra de insumos”.

Segundo pronunciamento do governador Camilo Santana, a vacinação dos professores é a melhor forma para garantir mais segurança no retorno às aulas presenciais em todas as séries. O governador registrou também as tentativas do estado do Ceará em adiantar os professores nos grupos prioritários do Plano Nacional de Imunização (PNI), do Governo Federal, mas não obteve resposta. “Desde o ano passado temos solicitado ao Ministério da Saúde a inclusão dos profissionais da educação nas fases iniciais do Plano Nacional de Imunização (PNI). Enviamos ofícios em dezembro de 2020 e abril deste ano com o pleito, ambos sem resposta”, afirmou o governador em pronunciamento público.

Anízio Melo defende que todos os trabalhadores da educação devem ser imunizados na próxima fase do plano de imunização. “Devemos estar no grupo prioritário, qualquer discussão de retorno às aulas presenciais e híbridas não pode ser feito sem a vacinação. Os debates sobre isso deverão acontecer só a partir do segundo semestre”. O sindicalista também elenca a necessidade de maior investimento do poder público para melhorar a conectividade dos professores com os estudantes nesse período de ensino remoto

Gardenia Baima, integrante da direção do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) aponta que “desde março do ano passado que esse debate está na ordem do dia para nós, inclusive, com propagandas na imprensa. Fizemos várias intervenções propondo a vacinação para todos e para todas, então isso criou, de fato, na cidade, o desenho de uma campanha”. Gardenia aponta ainda que há muita expectativa por parte dos trabalhadores da educação para a vacinação.

Fortaleza

Desde a segunda-feira (24), Fortaleza entrou na quarta fase da vacinação contra a covid-19. A nova etapa iniciou com a vacinação das pessoas em situação de rua e seguirá, posteriormente, para os demais grupos, entre eles trabalhadores da educação do ensino básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e Educação de Jovens e Adultos-EJA) e trabalhadores da educação do ensino superior.

A quarta fase, que é a última da campanha dos públicos prioritários, irá ocorrer, simultaneamente à vacinação dos grupos da primeira, segunda e terceira fases, que são idosos, trabalhadores da saúde e profissionais das forças de salvamento e segurança envolvidos nas ações de combate à covid-19, além de pessoas com comorbidades, gestantes, puérperas e deficiência permanente.

Edição: Francisco Barbosa