O evento “Perspectivas e desafios da luta antimanicomial: um olhar sobre os 23 anos da Reforma Psiquiátrica no Brasil” acontece nesta sexta-feira (12), às 19h, no anfiteatro 500 da Reitoria na Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Dentre os tópicos abordados estão os desafios atuais da saúde mental da população marginalizada, alternativas ao modelo manicomial, as consequências do sistema atual para a saúde mental da juventude indígena, entre outros.

O encontro surge com o objetivo de retomar os debates a respeito dessa luta, que foi construída por mais de 30 anos com os familiares das pessoas institucionalizadas, profissionais da saúde e sociedade civil, conseguindo aprovar a Lei 10.216/2001 da Reforma Psiquiátrica.

“Agora em abril se completam 23 anos dessa lei e nós do campo da saúde mental entendemos que essa batalha nunca esteve concluída. A Rede de Atenção Psicossocial, que foi uma das maiores alternativas ao modelo manicomial, sempre esteve sucateada e com limitações materiais de avançar”, afirma Mariane Panek, psicóloga comunitária.

Segundo Mariane, atualmente o modelo manicomial tem seu retorno através das comunidades terapêuticas, o uso da medicalização e de muitos diagnósticos como forma de controle social, por isso retomar essa pauta nunca foi tão importante.

“Dia 18 de maio também é o Dia da Luta Antimanicomial, estendemos o convite para todos estarem construindo popularmente essa pauta, debatendo e lutando nas ruas contra os retrocessos e por uma alternativa de sociedade que veja a saúde como mercadoria. Loucura não se prende, e saúde não se vende”, diz a psicóloga.

Serviço

Data: Dia 12 de abril (sexta-feira), às 19h;

Local: Anfiteatro 500 do PRÉDIO D. PEDRO I, localizado no campus da reitoria, 5º andar, da UFPR: R. XV de Novembro, 1299 - Centro, Curitiba - PR, 80060-000.

Edição: Pedro Carrano