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Educação

Servidores das universidades federais do Paraná unem-se em manifestação por melhores condições de trabalho

Manifestação conta com a adesão de mais de 300 pessoas e pretende levar pauta ao ministro da Educação

Curitiba (PR) |
Servidores das universidades federais do Paraná se reúnem no Palácio Iguaçu em busca de diálogo com o ministro da Educação - Foto: Mayala Fernandes

Nesta quarta-feira, cerca de 300 servidores das universidades federais se reuniram em uma manifestação na tentativa de apresentar as reivindicações da paralisação nacional da categoria e ampliar a visibilidade do movimento.

A concentração do ato foi realizada na tenda do Comando Estadual de Greve, no Pátio da Reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná), às 8h, seguindo às 9h para o Hospital de Clínicas (HC).

“A nossa presença no hospital foi importante para explicar à população o motivo da paralisação”, afirma Marcello Locatelli, integrante do Comando da Greve. “O que as pessoas não sabem é que dentro do HC a grande maioria dos profissionais é da nossa categoria, desde médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares da enfermagem, psicólogos, assistentes sociais, todos aqueles que não são docentes”, revela.

A manifestação teve forte adesão dos servidores federais no estado do Paraná, sobretudo na cidade de Curitiba, envolvendo a UFPR, a UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná) e a Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana).

Para ele, o principal problema está na carreira dos servidores. “Em um ano, entraram 10 e saíram 7 servidores. Isso gera um problema porque a universidade está sempre tendo que recontratar”, afirma Marcello Locatelli.

Na parte da tarde, os servidores federais realizaram uma caminhada até o Palácio Iguaçu, para o lançamento do programa Pé-De-Meia, do MEC(Ministério da Educação), com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana. A intenção é entregar a pauta das reivindicações diretamente ao ministro.

“Nós esperamos que o ministro Camilo Santana apareça e dialogue com essas pessoas que lutaram pela democracia e merecem respeito”, destaca Marcello. “Se a gente quer mudar a sociedade, temos que começar a valorizar os trabalhadores que estão do lado da democracia e da educação”, conclui. 

Novas adesões ao movimento grevista

No Paraná, o Sindiedutec (Sindicato dos Trabalhadores da Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Estado do Paraná) deflagrou greve com início na próxima segunda-feira (25). Já o Sinasefe (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica) tem previsão de iniciar a paralisação no dia 3 de abril.

O Comando de Greve indica que os docentes da UFPR também pretendem aderir à paralisação, mas ainda não há data definida.

Edição: Pedro Carrano