O deputado federal Zeca Dirceu (PT) rechaçou a possibilidade de adiamento do julgamento das ações que pedem a cassação de Sergio Moro (União) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).
Ao Brasil de Fato Paraná, o deputado afirmou não acreditar em qualquer tipo de "chicana" ou postergação do julgamento, que pode acontecer na terça-feira (23). "É absolutamente inadmissível. Não acredito nesta possibilidade. As provas são robustas e não há qualquer motivo para se postergar, seja com a mudança de juiz ou atraso do tipo", disse o líder do PT na Câmara Federal.
A possibilidade de adiamento foi levantada pelo jornal O Globo, na coluna da jornalista Malu Gaspar. O motivo seria o fim do mandato do juiz Thiago Paiva, na mesma terça (23).
Segundo a legislação, a análise de casos que podem levar à cassação deve ter a presença de todos os juízes do TRE. Ou seja, sem um juiz, não há possibilidade de início do julgamento.
Ainda de acordo com a coluna da jornalista, Paiva poderia ser substituído por José Rodrigo Sade ou Roberto Aurichio Junior. No entanto, ambos terminam seus mandatos no dia 27 de janeiro.
A nomeação do novo juiz titular cabe ao presidente Lula (PT), seguindo uma lista tríplice que ainda precisa ser aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"Quadrilheiros"
As ações que pedem a cassação de Moro são da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) e do PL. Entre os crimes de que acusam o senador estão abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos, apropriação indébita eleitoral pelo uso indevido de recurso do fundo partidário em benefício pessoal e privado, falsidade com fins eleitorais pela prática de "Caixa Dois" e crimes comuns, como lavagem de dinheiro.
Comentando o caso, Zeca Dirceu reforçou que, "tanto Moro como o ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo) procuraram trapacear a legislação eleitoral através do abuso do poder econômico e outras maracutaias". "São um bando de covardes, quadrilheiros, que vão parar na cadeia junto com Bolsonaro", disse Zeca Dirceu, que é um dos cotados para concorrer à cadeira no Senado em caso de cassação de Sergio Moro.
Edição: Pedro Carrano