Ceará

EXPOSIÇÃO ARTÍSTICA

Exposição “Exu te ama” no Centro Dragão do Mar está aberta para visitação até janeiro de 2024

A iniciativa dá visibilidade a presença da cultura do povo negro na construção do Ceará

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte (CE) |
A exposição foi alvo de parlamentares cearenses, que solicitaram a retirada do grande painel localizado à frente do equipamento cultural - Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura

Quem passa pelo Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura em Fortaleza tem sua atenção tomada pelo grande paredão vermelho com o escrito “Exu te Ama”. A expressão em destaque faz parte da exposição “Festa, Baia, Gira, Cura”, do Antropólogo e Pesquisador, Jean dos Anjos, com curadoria de Marília Oliveira e Rafael Escócio.

Fruto de mais de 20 anos de pesquisa e produção artística de Jean dos Anjos, a exposição inaugura os festejos de 40 anos do terreiro de Umbanda e Candomblé “Cabana do Preto Velho da Mata Escura | Ilé Àse Ojú Oya”, localizado no bairro Bom Jardim, na Capital cearense.

Em cartaz no Museu da Cultura Cearense (MCC), destaca fotos, documentos, imagens, esculturas e outras materialidades da festa da Rainha Pomba Gira Sete Encruzilhadas e Exú. A mostra ocupa duas salas distintas e conta com a presença de painéis instalados em diversos espaços do Centro Cultural, além de intervenções artísticas em áreas externas ao Museu.

Para a curadora Marília Oliveira, a mostra faz uma reparação histórica. "Ressalto a importância dessa exposição acontecendo nos espaços do Dragão do Mar, considerando que as populações afrodescendentes construíram a história do nosso estado e estiveram apagadas pelo 'mito de Iracema', que celebra o encontro entre as populações indígenas e os europeus, mas deixa a população negra de lado. Essa exposição é também um jeito de retomar e celebrar a contribuição para a construção da história do nosso estado, o que detém a maior quantidade de terreiros de umbanda em todo o país."

Aos que desejam visitar o espaço e apreciar um pouco da cultura, da crença e da religiosidade afro-brasileira e indígena, a exposição está aberta para visitação até 28 de janeiro de 2024, de quarta a sexta-feira, das 9h às 18h, com acesso até as 17h30; e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h, com acesso até as 17h30.

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Edição: Camila Garcia