Paraná

Recuperação

Sem calendário até início de 2024, Paraná aguarda aprovação de recuperação judicial

Clube renegociou dívida com credores e aguarda aprovação na justiça para tentar captar investimentos via SAF

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Principal partida do Paraná Clube acontece fora dos campos - Rodrigo Sanches _ Paraná Clube

Fundado em 1989 com uma junção de diversos clubes de Curitiba, o Paraná, como diz seu hino, “nasceste gigante”. No entanto, a cada ano que se passou até este fatídico 2023, o clube se apequenou: venda de patrimônio para cobrir rombo de caixa, contratos mal feitos que geraram passivos trabalhistas e dívidas com fornecedores, além da pandemia, que acelerou em questão de meses problemas vividos por anos.
O clube atualmente não sabe o que é um jogo de futebol, desde junho deste ano, quando foi eliminado pelo Patriotas na série B do Campeonato Paranaense. Longe dos gramados, o Tricolor da Vila agora tem uma batalha importantíssima nos tribunais. Com uma dívida de R$ 119 milhões, considerada pequena comparável a outras equipes do país, o clube conseguiu um deságio da dívida para R$ 60 milhões, com a apresentação e aprovação de um plano de pagamentos em uma assembleia de credores realizada em junho, conseguindo, assim, a aprovação de sua recuperação judicial. A RJ é central, já que a atual diretoria prevê a venda de sua Sociedade Anônima do Futebol para investidores a fim de captar cerca de R$ 100 milhões em investimentos.
O clube agora aguarda o parecer final da Vara de Falências de Curitiba para que encerre os trâmites e consiga enfim captar possíveis investidores. O Ministério Público já se pronunciou para a aprovação do regime de recuperação judicial, faltando apenas a apresentação de garantias de pagamento por parte do Paraná. Mesmo com a dívida ficando em torno de R$ 60 milhões, o clube sofre uma tempestade de crises. Sem estar disputando uma competição oficial, longe do calendário nacional, acaba sofrendo com baixíssima arrecadação, já que não pode contar com o dinheiro de bilheterias, ampliação de plano de sócios ou cotas de TV. 

Edição: Lia Bianchini