Ceará

Caso de polícia

Impávido Colosso: PF deflagra Operação para combater atos antidemocráticos no Ceará

Foram apreendidas armas, celulares, notebooks e farta documentação em 32 mandados de busca e apreensão no CE, MA e RS

Brasil de Fato, Fortaleza, Ceará |
Os policiais apreenderam armas sem registro, documentos, material digital, celulares, notebooks - Divulgação PF

A Polícia Federal cumpriu 32 mandados de busca e apreensão da operação Impávido Colosso, deflagrada na manhã desta quinta-feira (30), no Ceará. Os policiais investigam a participação e o financiamento dos atos antidemocráticos que resultaram em bloqueios na BR-116 e na ocupação registrada na frente do Comando da 10º Região MIlitar, por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com a vitória do presidente Lula (PT) nas eleições de 2022.

De acordo com o delegado regional de Polícia Judiciária da PF, Alan Robson Alexandrino, 26 mandados foram cumpridos em domicílios de pessoas físicas e quatro em empresas nos municípios de Fortaleza, Maracanaú, Itaitinga, Caucaia, Pacajus, Tauá e Brejo Santo. Também foram cumpridos mandados em Imperatriz, no Maranhão, e em Condor, no Rio Grande do Sul. Ao todo, 140 policiais federais participam da operação que acontece em parceria com o Ministério Público Federal.

A investigação da PF apontou, com troca de informações com a PRF no Ceará, os líderes, financiadores e organizadores do apoio logístico às manifestações. “A polícia investigou e identificou as pessoas que organizaram, financiaram e coordenaram a estrutura desses atos, seja com água, alimentação, som ou transporte. Os policiais recolheram armas sem registro, documentos, material digital, celulares, notebooks, tudo que identifica o que cada pessoa fez nesses atos e ainda a possibilidade de chegar a outras pessoas”, explica o delegado Alan Robson Alexandrino.


Os policiais apreenderam armas sem registro, documentos, material digital, celulares, notebooks / Divulgação PF

As condutas dos investigados podem configurar o cometimento, em tese, dos crimes de Associação Criminosa e Incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais, com penas de até 3 anos de prisão, sem prejuízo da descoberta de outros crimes mais graves praticados a partir do material apreendido.

A operação policial é o desdobramento do braço cearense da operação permanente Lesa Pátria, que tem sido deflagrada em todo o país de forma contínua em defesa da democracia.  O nome da operação remete a trecho do hino nacional. As investigações continuam para delimitação da autoria dos crimes, com análise do material apreendido e fluxo financeiro dos suspeitos.

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Edição: Camila Garcia