Rio Grande do Sul

Custo de Vida

Cesta básica em Porto Alegre tem queda de 2,12%, em fevereiro e fecha em R$ 741,30

Mesmo com a queda de preços, a capital gaúcha segue tendo a quarta cesta básica mais cara do país

Brasil de Fato | Porto Alegre |
De acordo com o Dieese, em fevereiro o trabalhador comprometeu em média 56,33% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos - Agência Brasil

Como registrado em janeiro deste ano, a cesta básica da capital gaúcha segue como a  quarta mais cara do país. Com a queda 2,12% registrada em fevereiro o custo ficou em R$ 741,30, de acordo com pesquisa realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Em janeiro o valor foi de R$ 757,33. 

De acordo com o Dieese, dos 13 produtos pesquisados, seis registraram queda de preço: a batata (-20,14%), o tomate (-18,48%), a banana (-5,99%), o óleo de soja (-6,05%), a farinha de trigo (-0,81%) e o café (-0,28%). Por outro lado, sete itens registraram alta: o leite (6,47%), o arroz (4,50%), o feijão (4,15%), o pão (3,46%), o açúcar (1,78%), a carne (0,82%) e a manteiga (0,70%). 

Nos primeiros dois meses de 2023, a cesta registrou retração de 3,18%. Cinco itens apresentaram recuo: o tomate (-34,94%), a batata (-9,37%), a banana (-10,03%), o óleo de soja (-7,45%) e a farinha de trigo (-1,22%). Em sentido contrário, oito produtos ficaram mais caros: o feijão (12,53%), o leite (10,14%), o arroz (8,72%), o pão (4,10%), o açúcar (2,00%), a carne (1,58%), a manteiga (1,24%) e o café (0,72%) 

No acumulado dos últimos 12 meses, acumula alta de 6,52%. Ficaram mais caros 10 dos 13 produtos da cesta: o leite (32,40%), a farinha de trigo (29,15%), a manteiga (26,90%), o pão (23,24%), o arroz (22,54%), o café (10,64%), a batata (9,33%), a banana (5,48%), a carne (2,32%) e o açúcar (2,00%). Três itens ficaram mais baratos: o tomate (-13,49%), o óleo de soja (-7,62%) e o feijão (-0,85%).

Queda é registrada em 13 capitais

Conforme aponta o levantamento do Dieese, o valor do conjunto dos alimentos básicos, em fevereiro,  diminuiu em 13 das 17 capitais onde a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos é realizada mensalmente pelo departamento.

Entre fevereiro de 2022 e fevereiro de 2023, a comparação dos valores mostrou que a cesta apresentou alta em todas as capitais, com variações que oscilaram entre 3,91%, em Vitória, e 15,33%, em Belém. 

Nos dois primeiros meses de 2023, o custo do conjunto de gêneros alimentícios básicos aumentou em sete cidades, com destaque para as variações registradas em Recife (7,40%), Natal (7,15%), João Pessoa (6,81%) e Aracaju (6,13%). As quedas mais importantes ocorreram em Campo Grande (-3,26%) e Porto Alegre (-3,18%) 


Valor das cestas básicas em fevereiro de 2023 / Fonte: DIEESE

Salário mínimo ideal

Em fevereiro de 2023, conforme calcula a entidade, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 114 horas e 38 minutos, menor do que o de janeiro, de 116 horas e 22 minutos. Já em fevereiro de 2022, a jornada média foi de 114 horas e 11 minutos.

Segundo aponta a pesquisa, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu em média, em fevereiro de 2023, 56,33% do rendimento para adquirir os produtos alimentícios básicos e, em janeiro, 57,18% da renda líquida. Em fevereiro de 2022, o percentual ficou em 56,11%.


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Edição: Marcelo Ferreira