Ceará

DIA DO TRABALHADOR

1º de maio: após dois anos no virtual, trabalhadores voltam a ocupar as ruas de Fortaleza

Com mote "Emprego, Direitos, Democracia e Vida", o ato teve concentração na Areninha do Pirambu

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte CE |
Na capital cearense, centrais sindicais, organizações políticas e movimentos sociais se reuniram na Areninha do Pirambu para celebrar o Dia do Trabalhador - Camila Garcia

Na manhã de hoje (01), as ruas da comunidade do Pirambu receberam o ato do Dia Internacional dos Trabalhadores. Após dois anos de manifestações virtuais por conta pandemia de Covid-19, centrais sindicais, partidos políticos e movimentos sociais voltaram a ocupar às ruas para celebrar o primeiro de maio, Dia Internacional dos Trabalhadores. Com o mote “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”, a manifestação aconteceu em Fortaleza e teve concentração na Areninha do Pirambu. De lá, a marcha seguiu em cortejo pelas ruas da comunidade do Pirambu em direção a Vila do Mar, na Barra do Ceará, onde foi realizado o encerramento com ato político cultural, que contou com apresentações artísticas e culturais.

Joyce Ramos, da Frente Brasil Popular esteve presente no ato e reafirmou a importância em ocupar às ruas nesse dia tão importante para toda classe trabalhadora, sobretudo durante este ano que tem sido desafiador. “Temos um presidente que retirou direitos e retrocedeu nas conquistas populares que por muito tempo os trabalhadores e trabalhadoras tiveram, então é muito simbólico para nós voltarmos às ruas depois de um período tão difícil de pandemia, com esse intuito de fortalecer a luta e reivindicar nossos direitos que foram retirados, e no dia de hoje mobilizamos a todos, nas ruas e nas redes para se somarem na luta da classe trabalhadora que é uma luta de todos”.

O Dia Internacional do Trabalhador que voltou a ser celebrado de forma presencial em um cenário de aprofundamento da crise econômica, de agravamento da fome, da carestia e do desemprego, é marcado pela urgência da luta contra a piora das condições de vida da população durante o governo Bolsonaro.


O ato foi marcado também pela denúncia do encarecimento do custo de vida / Camila Garcia

Íris Carvalho, da Direção Estadual do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reafirma que celebrar o Dia do Trabalhador é ir às ruas em protesto para denunciar o encarecimento do custo de vida através de uma politica de não sociabilização do Governo Federal. Ela ainda ressalta a importância em levar o debate do encarecimento da vida para dentro das periferias, que tem sofrido ainda mais com a política desse governo que visa enriquecer ainda mais os ricos e aos pobres, ficaram os restos daquilo que não se tem, a comida ainda mais cara e com veneno. “Saímos às ruas hoje com o intuito de denunciar o encarecimento do custo de vida, mas principalmente para dizer que os trabalhadores estão nas ruas, estão unificados na construção de um projeto de transformação para o Brasil, com a organização dos comitês populares, principal ferramenta para mudarmos o Brasil em que vivemos hoje levando Lula à presidência do Brasil”.

O ato também contou com apresentações artísticas e culturais por conta do influencer Léo Suricate, do cantor Assun e da Banda Bode Beat que é composta pelos artistas Nayra Costa e Daniel Groove.

No interior do estado, trabalhadores de três municípios também ocuparam às ruas. Em Tabuleiro do Norte, o ato teve concentração na Igreja Matriz da cidade e aconteceu de forma regional, com participação de movimentos e organizações políticas de todo o Vale do Jaguaribe. Já em Tianguá, na Serra da Ibiapaba, o ato ocorreu durante a programação da Feira da Agricultura Familiar, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (STRAAF). E em Icó, a programação aconteceu durante a comemoração de 50 anos de fundação do STRAAF do município.

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Edição: Camila Garcia