Ceará

LUTA DAS MULHERES

Ceará registra atos neste 8 de março em Crato, Santa Quitéria, Amontada e Fortaleza

As mulheres foram às ruas com o tema “Pela vida das Mulheres, Bolsonaro Nunca Mais".

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte CE |
Em 2022, os atos do 8M carregam como lema “Pela Vida das Mulheres, Bolsonaro nunca mais! Por um Brasil sem machismo, sem racismo e sem fome” - Geovanni Carvalho/BdF Ceará

Neste 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, diversos coletivos de mulheres do estado do Ceará realizaram atos pedindo o fim da violência contra a mulher. Com tema “Pela vida das Mulheres, Bolsonaro Nunca Mais. Por um Brasil sem”.

Pela manhã aconteceram atos nas cidades de Crato, Santa Quitéria e Amontada. Em Santa Quitéria, o ato reuniu mulheres sem terra, indígenas Kanindé, Movimento Potygatapuia (Potiguara, Tabajara, Tubiba, Tapuya e Gavião), mulheres do Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM), integrantes do Sindicato dos Trabalhadores/as Rurais e do Levante Popular da Juventude. Cerca de 250 mulheres ocuparam a Praça do Bradesco uma das pautas foi a denúncia da exploração da mina de urânio e fosfato do grupo Itataia.

Já em Amontada, o ato aconteceu no Assentamento Sabiaguaba e as mulheres tomaram às ruas com o tema “Terra, trabalho, direito de existir, mulheres em luta não vão sucumbir!”. O ato reuniu mulheres, jovens e crianças das escolas do campo do Assentamento Sabiaguaba, Movimento dos Trabalhadores/as Rurais Sem Terra (MST), e Movimentos dos Pequenos Pescadores/as (MPP). Representantes do Projeto ECO Icaraí também estiveram presentes e realizaram ato em denuncia aos grandes projetos de empreendimentos na região, sobretudo os parques eólicos offshore na costa cearense.

Já no Cariri, as mulheres foram para as ruas da cidade do Crato com o lema “Pela vida das mulheres: Fora Bolsonaro e o Bolsonarismo – por um Brasil sem machismo, racismo, facismo, LGBTfobia e sem fome – Ele Nunca Mais”.  Elas saíram em cortejo pelas ruas da cidade em denúncia ao machismo e racismo na sociedade brasileira e o governo de Jair Bolsonaro. “Antes de flores, nós queremos direitos e a garantia de uma vida melhor para todas as nossas mulheres. Antes de termos qualquer expressão de delicadeza, estar na rua hoje é mostrar, acima de tudo, que nós mulheres somos a expressão de resistência. Estar na rua hoje é reafirmar o que é ser mulher no governo Bolsonaro”, disse Thalita Vaz, militante do Levante Popular da Juventude e vice-presidenta da União Estadual dos Estudantes – UEE CE. A tarde aconteceu atos em defesa da vida das mulheres em Sobral, com ponto de concentração no Arco do Triunfo. 

Em Fortaleza, o ato também foi realizado no período da tarde, na Praça do Ferreira, no Centro da cidade, com a Feira Feminista, seguido de debate com o tema “Pela vida das mulheres contra o machismo, o racismo e a fome”. Após o debate, o ato seguiu em cortejo pelas ruas da cidade e a programa se encerra com ato cultural em homenagem a Elza Soares.

“Estamos aqui hoje na Praça do Ferreira juntas pela vida das mulheres, contra o machismo, o racismo e a fome que assola o povo brasileiro. Está claro que o governo Bolsonaro não é um governo para a classe trabalhadora, para o povo, para os pobres, um governo que não destrói os direitos conquistados por nós e quer, de fato, destruir a nossa existência. Estamos aqui também para reafirmar que mulheres em luta não vão sucumbir”, afirmou Luz Marin, militante do MST.

As atividades de luta do mês de março seguem até o 14M, data que marca os quatro anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e de Anderson Gomes. Por isso, o 14 de março se tornou dia de luto e luta das mulheres.

Solidariedade

Além dos atos de rua, os movimentos feministas de Fortaleza e da Região do Cariri têm organizado campanhas de solidariedade que devem durar todo o mês de março. Estão sendo arrecadados itens de higiene pessoal como absorvente, álcool 70%, máscaras PFF2, creme dental e escova de dente. As contribuições ainda podem ser feitas através de doação em dinheiro para a compra e montagem dos kits.

Em Fortaleza, os locais para o recebimento de doações são: ADUFC, na Avenida da Universidade, 2346, no bairro Benfica; UNE, na Rua Senador Pompeu, 2379, no bairro José Bonifácio; e Centro de Formação, Capacitação e Pesquisa Frei Humberto, localizado na Rua Paulo Firmeza, 445, no bairro São João do Tauape. Quem preferir, pode doar qualquer quantia, por meio do PIX: [email protected] (Monalisa dos Santos Nascimento). Já no Cariri, está acontecendo a campanha “Quem tem fome, tem pressa!”. As doações podem ser feitas pelo PIX: 88999633495 (Ana Verônica Barbosa Isidorio) ou Conta Poupança Bradesco: N°: 1001746-7, Agência: 771.

Para mais informações sobre as campanhas de solidariedade basta acessar a página oficial do Instagram do Movimento 8M Ceará.

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Edição: Francisco Barbosa