Bahia

SERVIÇO PÚBLICO

Reforma Administrativa ameaça servidores públicos e traz prejuízos para a sociedade brasileira

Em tramitação no Congresso, PEC 32 é avaliada por servidores e movimentos sociais como retrocesso

Brasil de Fato | Salvador (BA) |
Movimentos sociais, sindicatos, outras instituições e a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público seguem com mobilizações pelo país para barrar a proposta. - APUB Sindicato

Nesta quinta-feira (28), é marcado o Dia do Servidor Público. As comemorações, contudo, ficam cada dia mais difíceis. Isso porque a PEC 32, chamada pelo governo de Reforma Administrativa, ameaça diretamente essa categoria profissional, além de provocar outros inúmeros prejuízos para a sociedade brasileira.

Ana Lúcia Goes, vice-presidenta da Apub Sindicato, instituição que reúne docentes das universidades federais da Bahia e que vem realizando diversas ações de enfrentamento à PEC 32, explica o que representa em termos concretos a aprovação dessa proposta para o povo brasileiro. "Vai significar, além de um retrocesso, a perda dos direitos mínimos que nós temos hoje. Significa dizer a perda da educação pública, da assistência pública, da assistência judiciária. Estamos falando que as pessoas vão precisar pagar para ter acesso à saúde, desde a unidade básica até assistência hospitalar. Estamos falando de perda de direitos que são, hoje, mínimos para que o brasileiro possa sobreviver, possa trabalhar com dignidade, possa ter condições de vida e saúde", afirma.

O texto da PEC 32 já foi reformulado sete vezes e a última versão foi aprovada na Comissão Especial da Câmara dos Deputados em setembro deste ano. Atualmente, ela pode ser levada para votação pelo presidente da Câmara a qualquer momento. Diante disso, movimentos sociais, sindicatos, outras instituições e a Frente Parlamentar Mista em Defesa do Serviço Público seguem com mobilizações pelo país para barrar a proposta.

Ana Lúcia Goes compartilha como a sociedade pode se engajar nesse enfrentamento. "A sociedade pode e deve contribuir pressionando os parlamentares para não deixar que essa PEC seja aprovada. Nós podemos ir nas redes sociais de cada parlamentar, falar com ele o motivo de sermos contra a proposta. Quem tem um contato maior com o deputado que votou, pode cobrar ações e pedir que ele não vote na PEC 32. Podemos também conversar com nossos amigos e amigas sobre isso, pois é preciso informar aos nossos colegas, a nossa família sobre as consequências que a PEC vai trazer se for aprovada", conclui.

Edição: Jamile Araújo