Distrito Federal

Pandemia

DF antecipa segunda dose para quem completou 8 semanas da primeira aplicação

Medida atende pessoas que receberam imunizantes da Pfizer e AstraZeneca contra a covid-19

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Secretaria de Saúde antecipa de forma permanente a segunda dose contra a covid-19 no DF - Foto: Rodrigo Carvalho / PMF

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) antecipou de forma permanente a aplicação da segunda dose da vacina contra a covid-19 para todas as pessoas que tiverem completado um intervalo mínimo de 8 semanas em relação à primeira aplicação.

Até então, o GDF estava antecipando essas doses de forma escalonada, com anúncios a cada uma ou duas semanas.

"O que temos [em estoque] nos permite com folga estar esperando, todo dia, as pessoas irem aos postos, vencendo as oitos semanas. Pode comparecer e faremos a aplicação da D2", afirmou o subsecretário de Vigilância à Saúde, Divino Valero, durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (21). O novo procedimento já começa a partir desta sexta-feira (22) em todos os pontos de vacinação do DF

A medida vale principalmente para quem recebeu os imunizantes da AstraZeneca e da Pfizer. Nos dois casos, o intervalo que estava sendo adotado entre as duas doses, por orientação do Ministério da Saúde, era de 12 semanas. Esse intervalo foi reduzido para 8 semanas, o que dá exatamente 56 dias após a primeira aplicação.   

Pelos cálculos da Secretaria, o número de adolescentes que ainda não se vacinaram, somado às projeções para a dose de reforço em idosos e profissionais de saúde, além dos adultos que ainda não receberam a D2, totalizam cerca de 800 mil doses, que é o montante de doses atualmente em estoque. O último carregamento recebido pela pasta foi de cerca de 340 mil doses da Coronavac.   

Idosos com 60 anos ou mais e que tomaram a primeira dose há pelo menos seis meses também poderão ir aos pontos de vacinação para receber o reforço. O mesmo vale para profissionais de saúde. Neste caso, independentemente da idade, além da exigência de intervalo de seis meses da segunda dose, deve-se apresentar um crachá ou documento que comprove a atuação profissional na área.

Até agora, pouco mais de 73% da população total do DF recebeu pelo menos uma dose de vacina contra a covid-19. Já um total 49,60% da população completou o esquema vacinal com duas doses ou dose única do imunizante da Janssen.  

Taxa de transmissão

A SES-DF atualizou a taxa de transmissão da covid-19 na capital do país. O índice RT diário chegou a 0,87, o menor nível em meses. Isso quer dizer que a cada 100 pessoas infectadas com o novo coronavírus, essas transmitem para outras 87.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), quando esse índice está acima de 1, significa que a pandemia está fora de controle. Quando está abaixo de um e permanece assim de forma estável ao longo de semanas, a pandemia pode ser considerada sob controle. Há 7 dias, o índice estava em 1,08 no DF. Há 3 dias, era de 0,97. 

Em relação à ocupação de leitos hospitalares na capital do país, a Secretaria de Saúde informou que as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) exclusivas para covid-19 estão com ocupação de 48% na rede pública. Os leitos de suporte respiratório têm taxa de ocupação de 40,33%. Já os leitos de UTI geral na rede pública registram 73,86% de ocupação.    

Hospitais de campanha

Durante a coletiva, o secretário de Saúde, Manoel Pafiadache, argumentou a favor da renovação de contrato com a empresa mantenedora dos hospitais de campanha da Ceilândia, do Autódromo e do Gama, por mais 180 dias.

A renovação foi feita com redução de 300 para 200 leitos, além dos valores do contrato, com possibilidade de rescisão com mínimo de 30 dias. Com a redução de leitos, o governo vai descontinuar o hospital do autódromo, e os 22 pacientes que estão internados no local serão transferido para outras unidades. 

Avaliações técnicas da Comissão Executora Central e Local do contrato, da Assessoria Jurídico-Legislativa da Secretaria de Saúde e do Fundo de Saúde dio DF chegaram a recomendar a não renovação do contrato. Ao todo, somando o contrato anterior e a renovação, os hospitais de campanha terão custo de R$ 323 milhões aos cofres públicos.

Pafiadache destacou ter recebido orientações técnicas da própria pasta para prosseguir com a renovação, e alegou necessidade de garantir assistência aos pacientes atualmente internados.  

"Não é possível retirar uma empresa com 129 pacientes internados. Tudo que aconteceu ao longo dos relatórios foi sendo avaliado para corrigir. Corrigido, vida que segue. Não corrigido, vamos ver outras opções", afirmou.

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Edição: Flávia Quirino