Rio Grande do Sul

Educação

CPERS-Sindicato pressiona governo pela reposição da inflação dos últimos sete anos

Governador é recebido com sinetas na saída da Assembleia Legislativa por trabalhadores da educação em campanha salarial

Brasil de Fato |
Helenir Aguiar Schürer pressiona Eduardo Leite por reposição da inflação aos professores - Caco Argemi

A direção do Centro dos Professores do Estado do RS (CPERS-Sindicato) espera que, nesta sexta-feira (17), o governo do estado aceite a proposta de reposição da inflação de 46,7% nos salários da categoria. A informação é do segundo vice-presidente do sindicato, Edson Garcia, logo após a aula pública em homenagem ao Centenário de Paulo Freire realizada na manhã desta terça-feira (14).

O ato foi realizado na sede da entidade por causa das chuvas que caiam durante a manhã em Porto Alegre. À tarde os educadores retomaram a vigília na Praça da Matriz, onde o governador Eduardo Leite (PSDB) foi recebido ao som de sinetas logo após ter entregue o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA 2022) na Assembleia Legislativa.

Na saída, Leite foi abordado pela presidenta do CPERS-Sindicato, Helenir Aguiar Schürer, que o recordou de seu compromisso com os trabalhadores de educação agendado para o dia 17. “Nós precisamos de reposição salarial. Vamos fechar sete anos sem valorização da categoria. Tudo está subindo. Hoje o nosso salário basicamente serve para alimentação. Temos casos de professores com luz cortada e sem recursos para pagar o aluguel. A situação da educação pública é caótica, não podemos mais esperar”, disse ela ao governador. Ele assumiu o compromisso de seguir a mesa de negociação e receber o sindicato após a audiência da próxima sexta-feira.


Aula Pública em homenagem ao centenário de Paulo Freire / Foto: Maí Yandara/ CPERS-Sindicato

Audiência reforça a esperança

Segundo Garcia, o sindicato tem reunião agendada para o dia 17 de setembro, às 14h, com o Grupo de Assessoramento Especial (GAE), a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), a Secretaria da Fazenda (Sefaz) e a Casa Civil. O segundo vice-presidente lembrou que desde janeiro de 2015 os trabalhadores não têm nem mesmo a reposição da Inflação e que a base salarial é de R$ 1,2 mil para professores com contratos de 20 horas semanais e de R$ 600 para os outros trabalhadores com o mesmo horário.

Ele explicou também que além deste salário baixo, o governo criou um subsídio para complementar os salários, mas “paralelamente tirou todos os valores de nossas vantagens, nossos triênios, nossos adicionais por tempo de serviço”. Afirmou ainda que são as mobilizações que garantem as reuniões de negociação.

“Eu tenho esperança que esta reunião do dia 17 seja efetivamente para colocar em prática e atender o nosso pedido que é mais do que razoável”. Porém, disse que ficam receosos quando o governador demora para recebê-los e quando não cumpre os prazos estabelecidos nas negociações. "Nós já tivemos uma audiência e ele disse que nos receberia em 15 dias e já se passou um mês. Esperamos estar incluídos na votação da LOA para 2022."

O CPERS-Sindicato tem 80 mil filiados e o total de trabalhadores em educação no Rio Grande do Sul deve chegar pouco mais de 100 mil, segundo as estimativas de Garcia.


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Edição: Marcelo Ferreira