Rio Grande do Sul

Educação

ONG lança manual para qualificar atendimento de pessoas LGBTI+ no socioeducativo

Material da Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade de Porto Alegre foi divulgado no Dia Internacional da Juventude

Brasil de Fato | Porto Alegre |
A ação faz parte do projeto Passagens, iniciativa da Somos focada em pensar políticas públicas para a população LGBTI+ privada de liberdade - Foto: Gabriel Galli

A ONG Somos - Comunicação, Saúde e Sexualidade, de Porto Alegre, lançou o Manual para a Qualificação do Atendimento de LGBTI+ no Sistema Socioeducativo. A iniciativa marcou o Dia Internacional da Juventude, na última quinta-feira (12). O material tem como objetivo qualificar serviços e agentes do estado no tratamento de questões envolvendo gênero e sexualidade em intersecção com a temática da juventude.

“Lançamos este manual atendendo a demanda de trabalhadores do socioeducativo que sentem falta de qualificação no tema. Ao longo do projeto já ficamos sabendo de casos de pessoas trans jovens que ficavam confinadas em enfermarias sem contato com nenhuma outra pessoa por não haver nenhum outro espaço seguro no estabelecimento. Casos assim e envolvendo discriminações graves que colocam em risco as vidas dessas pessoas são extremamente comuns e é o que queremos enfrentar”, afirma o advogado e diretor executivo da ONG, Caio Klein.

A ação faz parte do projeto Passagens, iniciativa da Somos focada em pensar políticas públicas para a população LGBTI+ privada de liberdade. O material faz parte da série editada pela Somos “Justiça, Segurança Pública e População LGBTI+”, que já conta com uma edição sobre o tratamento penal da população adulta privada de liberdade.

O projeto Passagens é uma iniciativa da ONG Somos, financiada pelo Fundo Brasil Direitos Humanos.

Manual traz artigos inéditos

Além das orientações, o documento conta com três artigos inéditos sobre o tema. O primeiro trata sobre gênero, sexualidade e educação, escrito pela pedagoga, mestre em educação e ex-coordenadora da ONG Somos, Claudia Penalvo. O segundo é sobre a desproteção social vivenciada pela juventude e a mortalidade juvenil, redigido pelo assistente social, doutor em serviço social e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Giovane Scherer. O último, reflete sobre as vulnerabilidades individuais, familiares e sociais da juventude no sistema socioeducativo e é assinado pela promotora de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais, Mônica Sofia Pinto Henrique da Silva.

O manual pode ser baixado gratuitamente.


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Edição: Katia Marko