Paraná

Edição 218

Editorial | Impeachment de Bolsonaro e vacina no braço

As manifestações contra o governo, que aconteceram em 29 de maio e em 19 de junho, têm ganhado força

Curitiba (PR) |
O servidor público de carreira do Ministério da Saúde que denunciou as ilegalidades - Waldemir Barreto/Agência Senado

A denúncia realizada na CPI da Covid sobre esquema de fraude na negociação da vacina Covaxin revela vários escândalos do governo Bolsonaro. Indica que o atraso na vacinação aconteceu para favorecer empresas em contratos superfaturados. Coloca o líder do governo na Câmara, o paranaense Ricardo Barros (PP-PR), como intermediador da negociação. Aponta que Bolsonaro tinha ciência das irregularidades. Mas o maior escândalo, o mais desolador, é o fato de que esse esquema, ao atrasar a chegada de vacinas ao país, causou a morte de milhares de brasileiros.

O servidor público de carreira do Ministério da Saúde que denunciou as ilegalidades, junto ao seu irmão, senador Luis Miranda (DEM-DF), até então apoiador de Bolsonaro, levaram à CPI questões que exigem justiça, punição nos tribunais responsáveis e o impeachment do presidente.

As manifestações contra o governo, que aconteceram em 29 de maio e em 19 de junho, têm ganhado força. No sábado, dia 3 de julho, nova mobilização está convocada. A população pede vacina no braço e comida no prato. Pede auxílio emergencial e que o presidente Bolsonaro, que está em guerra contra o povo brasileiro, seja deposto.

Edição: Pedro Carrano