“Nem bala, nem fome e nem covid. O povo negro quer viver!” Este foi o recado dado em Porto Alegre e em diversas cidades brasileiras nas manifestações contra o racismo e o genocídio da população negra neste 13 de maio. Organizado pela Coalizão Negra Por Direitos, o protesto na capital gaúcha reuniu centenas de pessoas, na Esquina Democrática, no final da tarde desta quinta-feira, lembrando que o dia conhecido como da abolição da escravatura não representa a luta do povo negro.
Entre as pautas defendidas, o movimento cobrou justiça para as vítimas do massacre na Favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, e de todas as operações policiais que resultaram nas mortes nas favelas e comunidades do Brasil. Foram lembrados os assassinatos em Porto Alegre de Beto Freitas, por seguranças do Carrefour, e de Gustavo Amaral, pela Brigada Militar.
Ato do Dia Nacional de Denúncia contra o racismo, organizado pela Coalizão Negra por Direitos, acontecendo agora em Porto Alegre. pic.twitter.com/vyeRRmFl5d
— Brasil de Fato RS (@BrasildeFatoRS) May 13, 2021
“Liberdade sem terra não é liberdade, liberdade sem salário digno não é liberdade”, disse a servidora pública Thamyres Filgueira, em entrevista à TVT, lembrando que “a abolição foi uma grande mentira para o povo negro”.
“O que nós temos hoje é uma pseudo abolição dos negros. Apesar de não existir escravização, existe exploração, genocídio e racismo, racismo da sociedade e das instituições”, afirma à TVT o sociólogo Gilvandro Antunes.
O ato também cobrou auxílio emergencial de R$ 600 até o fim da pandemia, vacinação em massa para o povo brasileiro e “fora Bolsonaro”. Após concentração e diversos depoimentos, os manifestantes desceram Avenida Borges de Medeiros e encerraram o ato no Largo Zumbi dos Palmares.
* Com informações da TVT
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Edição: Marcelo Ferreira