Paraná

Cultura

Saberes das curandeiras de comunidades do litoral do Paraná são registrados em livro

 “Eu mais velha – cura, fé e ancestralidade”, de Bianca Sevciuc e Lais Araújo, mapeia conhecimentos tradicionais

Paraná |
Cesarina Maria Malaquias Lopes - Giorgia Prates

“Eu mais velha" foi sentido como um meio de manter vivos os saberes, as pessoas e a memória, como um espaço para que a história seja contada por outros protagonistas”, explica Bianca. “Também como possibilidade de resgate e de algum modo perpetuação dos saberes tradicionais, passados de geração a geração nesse local por centenas de anos, mas que vêm sendo apagados em função de diversos desafios da contemporaneidade.”  

As autoras  circularam por quase dois anos em comunidades do litoral do Paraná, na região do Parque Nacional do Superagui e Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba, um dos mais importantes ecossistemas costeiros do mundo. Encontraram, em seis dessas comunidades as personagens do livro: Joventina Wariju, Mariquinha, Leontina, Nilse, Cesarina, Cleonice e Alzira, esta já falecida, que compartilharam saberes sobre benzimentos, orações, simpatias, batismo, defumações, dietas, remédios, por exemplo.  

A cultura caiçara e dos Guaranis M’bya passa por uma série de desafios. Muitos dos filhos e netos dessas pessoas nunca viram uma roça, não bailam mais fandango como antes e estranham os remédios naturais. Entretanto, os conhecimentos ancestrais existentes nas ilhas ainda estão vivos. Por isso a importância de relembrar como os mais velhos realizavam a cura nessa região e refletir sobre a relação dessas tecnologias ancestrais de cura e a contemporaneidade.  

 

 

SERVIÇO: 

Rumos Itaú Cultural 2017-2018 

 

Eu mais velha – cura, fé e ancestralidade 

Pré-venda: a partir de 8 de março 

Preço: R$60, os primeiros 130 volumes 

 

PARA SABER MAIS ACESSE https://www.facebook.com/eumaisvelha 

 

 

 

 

Edição: Ana Carolina Caldas