luta pela imunização

Programa Bem Viver aborda auto-organização dos povos indígenas em prol da vacinação

Auto-organização das comunidades e empenho de organizações não governamentais foram decisivos para vacinar a população

Ouça o áudio:

Cacique Melobo Ikpeng vacinado no Médio Xingu - Priscila Fonseca
A falta de estrutura e as fake news foram grandes desafios para concretizar a imunização

Nesta quinta-feira (11), o programa Bem Viver discorre sobre a imunização contra a covid-19 entre os povos indígenas brasileiros. Além da atuação de organizações não governamentais, a auto-organização indígena tem sido importante para superar desafios como falta de estrutura e divulgação de notícias falsas sobre as vacinas. 

Para se ter uma ideia, a imunização de cerca de 90% dos habitantes no Médio Xingu é um exemplo de superação para além das expectativas de uma efetivação de ações emergenciais por parte do governo federal.   

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A edição destaca também a repercussão gerada pelo discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última quarta-feira (10), após a anulação de condenações da operação Lava Jato.

Já no quadro Repórter SUS, o foco é a divulgação de informações sobre a gestão da saúde pública frente a pandemia de covid-19. 

O Bem Viver também explica detalhes sobre a Declaração do Imposto de Renda, que na edição mais recente, deve ser atualizada até o próximo 30 de abril.  

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Vacinação de indígena

Os povos indígenas brasileiros enfrentam uma série de desafios para conseguir imunizar a população que vive nas aldeias. O transporte predominantemente fluvial, a ausência de equipamentos adequados e o combustível insuficiente foram alguns dos empecilhos enfrentados.

Entretanto, a ação conjunta de mobilização dos líderes indígenas ao lado de organizações não governamentais, como o Instituto Socioambiental (ISA) e a  Associação Terra Indígena do Xingu (Atix), trouxeram ótimos índices de imunização para as aldeias da região do Xingu.

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O médico do ambulatório do índio da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Clayton Coelho, avalia que uma das principais falhas no plano de vacinação foi discriminar os indígenas que moram em áreas urbanas ou em terras ainda não reconhecidas pelo governo federal. A exclusão dos que não residem em aldeias representa um risco grave: “essa insistência em vacinar só morador de terra indígena está excluindo uma população que circula constantemente entre o município e a aldeia e vice-versa. Se eu não vacino essa população, estou aumentando o risco de novas entradas do vírus no território”, explica.

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Discurso Lula

Ontem (10), o ex-presidente Lula realizou seu primeiro discurso após a anulação das condenações da operação Lava Jato. Em sua fala, Lula criticou as ações do governo federal em relação ao enfrentamento da pandemia e ressaltou a importância das vacinas para o povo brasileiro. Sobre uma possível candidatura sua, Lula preferiu adiar a decisão, mas defendeu que a esquerda se mantenha unida para enfrentar Bolsonaro.

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Repórter SUS

A pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Francis Sodré, pontua os momentos que influenciaram as ações de controle e acompanhamento da pandemia durante todo o ano. A cientista destaca que a promoção de remédios sem eficácia científica comprovada, como a hidroxicloroquina, já defendida por Bolsonaro, dificultaram um enfrentamento eficaz da pandemia. 

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Imposto de renda

O auxílio emergencial precisa ser declarado? O auxílio emergencial é tributável e precisa ser registrado na Declaração do Imposto de Renda 2021, em seu valor integral, uma vez que não houve desconto do INSS sobre o benefício. Algumas pessoas precisam devolver o benefício na declaração que deve ser feita até o dia 30 de abril. Ao mesmo tempo, nem todas as pessoas que receberam o benefício estão obrigadas a prestar contas. 


Produção da Rádio Brasil de Fato vai ao ar de segunda a sexta-feira / Brasil de Fato / Bem Viver

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Edição: Daniel Lamir