Novo coronavírus

Pandemia: centrais sindicais pedem auxílio emergencial e isolamento imediato no país

Em nota, entidades bradam ainda por uma aceleração da vacinação no Brasil, que segue em ritmo lento de imunização

Brasil de Fato | Brasília (DF) |
Durante pandemia, país tem registrado com frequência aglomerações em diferentes pontos e regiões - Tomaz Silva/Agência Brasil

Em nota publicada nesta segunda-feira (1º), o Fórum das Centrais Sindicais pediu isolamento social imediato no país para evitar maior contágio e óbitos resultantes da covid-19.

As entidades também demonstraram consonância com as ações dos gestores locais que hoje promovem medidas restritivas para conter o avanço da doença, que já infectou mais de 10,5 milhões de brasileiros e matou mais de 254 mil pessoas no país.

O fórum reúne Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Sindicatos Brasileiros, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e Força Sindical, as seis maiores organizações do segmento no país.

No texto enviado à imprensa, as entidades lembram ainda que o isolamento contribui para evitar colapso geral no Sistema Único de Saúde (SUS).

“Consideramos fundamental que os governantes articulem e coordenem essas medidas, inclusive atuando, conforme autorizou o STF [Supremo Tribunal Federal], na implantação do plano de vacinação e no fortalecimento do SUS”, acrescentam as organizações.  

A importância da vacinação também é lembrada pelo fórum, que pede uma aceleração da imunização no país. Segundo o painel Our World in Data, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, o Brasil aplicou até agora menos de quatro doses para cada 100 habitantes.

O número está bem abaixo do verificado em países como Israel, Emirados Árabes, Inglaterra, Estados Unidos, Chile, Turquia, onde os índices variam de 10,10 doses por 100 habitantes até 92,46 doses para essa quantidade de pessoas.  

As centrais pedem a imunização de toda a população brasileira ainda neste semestre.

“Os custos econômicos do isolamento e da vacinação serão compensados com a segurança das pessoas, evitarão mortes e serão os melhores investimentos para uma retomada da atividade econômica com segurança sanitária e previsibilidade.”

Por fim, o grupo demanda ainda que o Legislativo aprove de imediato a volta do auxílio emergencial de R$ 600, que atendeu mais de 60 milhões de trabalhadores vulneráveis em 2020.

Assim como têm pedido partidos de oposição, as centrais sindicais pleiteiam que o benefício seja liberado durante toda a vigência da pandemia e das medidas de contingência sanitária no país.

“Denunciamos, mais uma vez, a intencional descoordenação das políticas públicas de vacinação e de proteção sanitária e econômica adotada pelo governo Bolsonaro”, finalizam as entidades, destacando ainda que a estratégia da gestão fez o país atingir a marca de mais de 250 mil óbitos por covid.  

Edição: Leandro Melito