Rio Grande do Sul

Literatura

Crônica por Quilo e Frases Desfeitas, uma boa dose de humor pra tempos de pandemia

Livros do escritor, publicitário, compositor e colunista Carlos Castelo podem ser encontrados on line

Brasil de Fato | Porto Alegre |
“Eu não entendo como o cara consegue ser tão enxuto, tão resumido, tão sintético. Ele fala muito com muito pouco. É um paradoxo. Um Castelo minimalista", resume José Roberto Torero - Divulgação

Carlos Castelo começou a produzir crônicas profissionalmente no jornal O Estado de São Paulo, no final dos anos 1980. Escrevia às sextas, na coluna Antena, ao lado de Carlos Drummond de Andrade, Caio Fernando Abreu e Fernando Sabino. “Eu era o café com leite do time”, costuma dizer.

No dia 23 de junho de 2014, agora mais experimentado, reestreou com a coluna Crônica por quilo mandando logo para o gol um provocativo texto: “12 coisas para se fazer caso o Brasil saia da Copa”. Seria uma quase profecia do aviltante 7x1 contra a Alemanha.

De lá para cá, saíram do forno 270 crônicas, divididas nos temas mais diversos. Sátira política, crítica aos costumes, paródias, microrrelatos, poesia engraçada, aforismos, contos surreais, ficção científica de humor, personagens improváveis. Tudo a serviço da avacalhação ampla, geral e irrestrita; já que, “quando não se pode construir nada de bom, o que nos resta é esculhambar”, defende o cronista.

Crônica por Quilo traz uma insólita reunião de 88 crônicas se o que atestam sobre Carlos Castelo é verdade. Nos tempos de hoje, mesmo com tantas louvações, nunca se sabe o que é real e o que é fake news.

“Um Castelo minimalista”

já o livro Frases Desfeitas é um volume com aforismos de humor selecionados e atualizados. São mais de 1000 frases sobre temas que vão de comportamento à política, passando por redes sociais, o Brasil contemporâneo e suas mazelas e muito mais.

O livro conta com apresentações dos escritores Luis Fernando Verissimo, Ruy Castro e José Roberto Torero. As ilustrações são do cartunista Nani.

As frases, Carlos Castelo começou escrevendo num jornal de humor que editava, nos anos 1980, na faculdade de jornalismo. O jornal chama-se O Matraca e a seção de aforismos e máximas sarcásticas recebeu o nome de Abobrinhas.

Anos mais tarde, em 2004, Castelo lançou um site de humor no UOL, o Castel-O-Rama: nele havia crônicas, as letras de suas músicas no grupo Língua de Trapo, poesia engraçada, limeriques e, mantendo a sua tradição de frasista, a seção Aboboral.

Em 2006, depois de criar o perfil Casteladas, no Twitter, Castelo começou a produzir com maior regularidade as suas flechas de sarcasmo. No ano seguinte lançou seu primeiro livro apenas com aforismos: Orações Insubordinadas.

Desde então vem sendo elogiado por sua produção por grandes nomes da literatura brasileira. Luis Fernando Verissimo é um deles, e diz assim na apresentação de Frases Desfeitas:

“Não vale dizer, sobre a escuridão que se aproxima: "Melhor, combateremos à sombra". Primeiro porque a frase já foi dita. Segundo, porque a escuridão costuma vencer. Mas a frase, como se vê neste livro do Castelo, tem um adendo: ‘Melhor, combateremos à sombra... das palavras’. Palavras inteligentes são uma forma de resistência. Palavras inteligentes e engraçadas são invencíveis. Que venha a escuridão!”

Outro leitor de Carlos Castelo é o escritor José Roberto Torero. Afirma ele:

“Eu não entendo como o cara consegue ser tão enxuto, tão resumido, tão sintético. Ele fala muito com muito pouco. É um paradoxo. Um Castelo minimalista.”

O jornalista e biógrafo Ruy Castro é ainda mais textual em relação ao autor de Frases Desfeitas:

“Quando eu quero rir e me irritar ao mesmo tempo, vou direto aos aforismos de Carlos Castelo.”

Mais sobre o autor:

• Carlos Castelo nasceu em Teresina, no Piauí, em 18 de abril de 1958, mora em São Paulo desde 1961.

• Formou-se em Jornalismo pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero, Facasper/SP e ingressou no mercado publicitário.

• Atualmente é criativo na agência Publicis Brasil, sendo vencedor de cinco leões no Festival de Cannes de Propaganda e de quase todos os prêmios do Mercado brasileiro de publicidade.

• Assina a coluna Crônica por quilo no jornal O Estado de São Paulo.

• Escreve a coluna Cadernos de Leituras, sobre livros, na revista Bravo!

• Colaborou ainda com Playboy, Sexy, Jornal da Tarde, Exame VIP, O Pasquim 21, O Planeta Diário, Caros Amigos, entre outros.

• É um dos fundadores do grupo de humor musical Língua de Trapo, ícone do movimento artístico ‘vanguarda paulistana’ nos anos 1980 e 1990.

• Nos anos 1990 participou como cantor e compositor nos grupos musicais Os Bandalheiros, A Outra Banda do Língua e Avenida Brasil, que tinham como integrantes os cartunistas Paulo e Chico Caruso, o escritor Luis Fernando Verissimo e os cassetas Cláudio Paiva e Reinaldo Figueiredo. Ao lado deles fez apresentações no Salão de Humor de Piracicaba.

Links das colunas onde colabora atualmente:

O Estado de São Paulo - Crônica Por Quilo

Bravo! - Cadernos de Leituras

Brasil 247

Brasil de Fato RS

Links das redes sociais do autor:

Facebook: www.facebook.com/carlos.castelo

Twitter: @casteladas

Medium: https://bisturi.medium.com/

Para adquirir os livros

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Edição: Katia Marko