Ceará

Arte

No bairro Jangurussu, em Fortaleza, Festival Concreto promove arte urbana e educação

O evento é realizado em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult) junto com diversas organizações

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
Desde 2013 o Concreto é realizado em diversos formatos, sempre com o objetivo de trazer a arte urbana para o centro das atenções. - Foto: Jenyfer Sousa

Entre os dias 20 e 28 de novembro a 7ª edição do Concreto, festival internacional de arte urbana, é realizada no Conjunto Residencial José Euclides Ferreira Gomes, no bairro Grande Jangurussu em Fortaleza, reunindo artistas locais, nacionais e internacionais em uma programação diversa que conta com pinturas de murais e grafite, palestras, oficinas, performances, mostra de vídeos, implantação de uma midiateca móvel, instalações urbanas, mobiliário urbano entre outras atrações. O evento é realizado em parceria com a Secretaria de Cultura do Estado do Ceará (Secult) junto com diversas organizações.

Arte educadora

Com ações espalhadas por toda a Fortaleza, esse ano o Festival focou boa parte das suas atividades no Conjunto Residencial José Euclides . A localidade foi realizada pelo programa Minha Casa Minha Vida e é o lar de 1488 famílias, vindas do entorno dos rios Maranguapinho e Cocó.

Em agosto, o Concreto promoveu a Zona Franca de Arte e Cultura Urbana, um laboratório artístico permanente que serviu também como ação de aproximação do Festival com a comunidade do residencial. Neste primeiro momento, já foram feitas algumas pinturas nas paredes de 11 metros destinadas para os artistas convocados a participar do festival.

Desde 2013 o Concreto é realizado em diversos formatos, sempre com o objetivo de trazer a arte urbana para o centro das atenções com intervenções artísticas e promoção de ações que vão da revitalização e transformação de paisagens urbanas pela arte a instalações artísticas educativas, como a Midiateca Móvel, instalação feita a partir de uma sucata de ônibus restaurada e adequada, equipada com gibis, livros e dvds, que será utilizada para o desenvolvimento de diversas ações durante o festival. “A ideia é que a gente continue com ela (a midiateca) como ação continuada com ações formativas, grupos de leituras e uma série de ideias que a gente quer que se realize na comunidade através desse espaço.” conta Narcélio Grud, artista idealizador e diretor do festival Concreto. Além da Midiateca Móvel, o festival conta com instalações educativas feitas para o público infantil, como playgrounds e esculturas interativas em paredes

Na pandemia

Outra iniciativa desenvolvida pelo Festival este ano é o Concreto Vital, que reúne ações de promoção de saúde para a comunidade do Grande Jagurussu, com palestras sobre saúde, aulas de yoga e serviços de avaliação de saúde, como aferição de pressão. Além disso a segurança sanitária dos artistas foi feita através da distribuição de máscaras e acesso a matérias de higiene pessoal, como o álcool em gel. “A entrada na midiateca é feita em pequenos grupos, mantendo o distanciamento social e a higienização com álcool em gel na porta.” explica Grud. O festival confeccionou suas próprias máscaras além de receberem doações para as distribuições entre artistas e na comunidade.

Participações

Além de artistas locais e internacionais trabalhando no residencial, a convocatória do Festival garantiu a presença do artista paulista Finok, que deixará sua arte na capela de Santo Antônio, no Mondubim, seguindo para a pintura de alguns barcos na Barra do Ceará. A artista colombiana Gleo está trabalhando um mural em grande escala no edifício Senador Palácio, na Senador Pompeu, bem no centro de Fortaleza. Após concluído, o mural terá 26 metros de largura por 28 de altura.

Para garantir a participação de artistas sem a presença física, obedecendo o protocolo de distanciamento social, o Festival fez a impressão de trabalhos enviados via convocatória para a impressão em grande escala e fixação feita pela equipe do festival.

Edição: Monyse Ravena