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Um Nobel genuinamente merecido

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Se o Prêmio é um prêmio para quem busca o bem comum, a justiça e a cooperação internacional, a Brigada Médica Cubana Henry Reeve merece - Divulgação
O Conselho Mundial da Paz registrou junto ao Comitê Nobel a inscrição da Brigada Médica Cubana

Um grupo de importantes personalidades e entidades de solidariedade a Cuba lançaram uma batalha para pedir a indicação ao Prêmio Nobel da Paz à Brigada Médica Cubana Henry Reeve que lutaram em mais de 30 países contra a covid-19 e que ao longo dos anos interviram heroicamente em inúmeros desastres naturais e epidemias pelo mundo.

A ideia é muito justa e oportuna porque os profissionais internacionalistas da saúde cubana são, nestes tempos de pandemia, de extrema desigualdade e insuportável injustiça social, um paradigma difícil de igualar de sociedade humana e dedicação à vida.

Principalmente, em comparação ao egoísmo desenfreado da abordagem America First, sob a liderança de Donald Trump, em que a Casa Branca expõe a saúde e a vida de milhões de estadunidenses no balcão dos negócios, desencadeando a disseminação desenfreada da covid-19 e da morte, como se as violações dos direitos humanos que comete dentro e fora das suas fronteiras, fossem raras.

Se o Prêmio é um prêmio para quem busca o bem comum, a justiça e a cooperação internacional, a Brigada Médica Cubana Henry Reeve merece, pois nenhum país teve uma postura internacionalista como Cuba diante da pandemia.

Em vários países existem comitês arrecadando assinaturas para indicação dos profissionais de saúde cubanos ao Prêmio Nobel, como França, Grécia, Itália, Brasil, Argentina e no próprio EUA, apesar do ódio irreprimível, veneno e ameaças contra a cooperação médica cubana no dia a dia.

Natural que o movimento fascista que hoje acampa no governo estadunidense, se indigne com uma atividade de tão profundo humanismo e solidariedade, contrário a lógica de mercado. Também não podemos esquecer, trata-se de privar Cuba de uma fonte primária de divisas, já que, embora nos países mais pobres a cooperação cubana é gratuita, muitos outros contribuem, como foi o programa Mais Médicos aqui no Brasil.

Lembremos que metade dos 6250 médicos que o país tinha em 1959, ano do triunfo da revolução, metade desertou, mas em 1960, Cuba envia uma brigada médica para ajudar as vítimas do mega terremoto no Chile. Em 1963, enviou uma brigada de 55 médicos para recém independente Argélia, tornando-se comum encontrar profissionais da saúde cubanos no continente africano.

Na última sexta, 25 de setembro, o Conselho Mundial da Paz registrou junto ao Comitê Nobel a inscrição da Brigada Médica Cubana Henry Reeve, reconhecendo como o mais sincero exemplo de solidariedade internacional o trabalho da Brigada frente a covid-19.

Apoie esta ideia, assine a petição pela indicação ao Prêmio Nobel: www.brigadacuba.com

Edição: Katia Marko