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Em Cuba há duas pandemias: a covid-19 e o bloqueio

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Cuba já envio mais de 28 contingentes da Brigada Henry Reeve para mais de 30 países em todos os continentes - Divulgação
O presidente Trump fortaleceu o bloqueio implementando mais de 90 medidas econômicas contra Cuba

O governo Trump tenta impedir os esforços cubanos para suportar a emergência da covid-19 em casa e no exterior. Quando os primeiros casos de coronavírus foram detectados em Cuba, o país mobilizou todos os recursos para conter a propagação do vírus. Profissionais da saúde e estudantes foram mobilizados para verificarem de porta em porta as pessoas que estão com sintomas.

Até o dia de hoje, apenas 115 pessoas perderam a vida para a covid-19, em uma população de pouco mais de 11 milhões de habitantes. O pico da doença foi atingido em 24 de abril, mas as orientações de distanciamento, isolamento e medidas sanitárias continuam sendo tomadas.

Internacionalmente, Cuba respondeu a pedidos de colaboração em mais de 30 países na América Latina e Caribe, Europa, África e Oriente Médio. Cuba tem uma longa história e tradição de solidariedade internacional na área da saúde, que remonta desde 1960, quando o governo revolucionário iniciou o envio de profissionais da saúde para ajudar os países e populações mais desassistidas. Desde então, já foram mais de 400 mil profissionais em mais de 164 países.

Em 19 de setembro de 2005, organizados pelo Comandante em Chefe Fidel Castro, este imenso grupo de profissionais é transformado em Brigada Médica Internacional Henry Reeve para responder a desastres naturais e epidemias graves em todo o mundo.

Em resposta à atual pandemia, Cuba já envio mais de 28 contingentes da Brigada Henry Reeve para mais de 30 países em todos os continentes e infelizmente, os médicos e médicas cubanas têm sofrido ataques crescentes do governo Trump, chegando a acusar Cuba de tráfico de pessoas por meio do programa médico. Com tentativas de descrédito da assistência internacionalista cubana, pressionando e ameaçando os países com acordos de cooperação médica.

No entanto, trabalhar no exterior é totalmente voluntário, e parte mantida pelo governo cubano (quando há contrapartida financeira), vai para o pagamento do sistema universal de saúde em Cuba, para aquisição de suprimentos, equipamentos médicos e medicamentos para os mais de 11 milhões de habitantes.

O presidente Trump fortaleceu o bloqueio criminoso de mais de 60 anos contra o povo cubano, implementando mais de 90 medidas econômicas contra Cuba, apenas entre janeiro de 2019 a março de 2020, tendo como principais alvos os principais setores econômicos cubanos, como as transações financeiras, indústria do turismo, setor energético, investimentos estrangeiros e os programas de cooperação médica com outros países.

Por isso, afirmamos que Cuba hoje sofre duas pandemias: covid-19 e o criminoso bloqueio político, econômico, midiático mantido pelo governo estadunidense. Por isso, precisamos todos levantarmos e exigir o FIM DO BLOQUEIO a Cuba e afirmar com muita força que estes são tempos de cooperação e solidariedade, não de sanções e bloqueios. Portanto, garantir a indicação das Brigadas Médicas Cubanas “Henry Reeve” ao Prêmio Nobel da Paz 2021, reafirma a solidariedade e cooperação com os povos do mundo do povo cubano.

Apoie essa ideia, assine a petição na página  www.brigadasmedcuba.com

Edição: Katia Marko