Ceará

Solidariedade

No Ceará, juventude do MST doa alimentos da reforma agrária nas periferias da capital

Banana, melancia, macaxeira, jerimum, batata e feijão, são alguns dos produtos contidos nas cestas que foram entregues

Brasil de Fato | Fortaleza (CE) |
A ação de solidariedade faz parte da programação da XI Jornada Nacional da Juventude Sem Terra, que esse ano tem como lema “Juventude em Luta, Pela Vida e Por Direitos”. - Foto: Aline Oliveira

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou doação de seis toneladas de alimentos para famílias de bairros da periferia Fortaleza, os produtos são advindos de assentamentos e acampamentos de todo estado. Mamão, banana, melancia, macaxeira, limão, jerimum, batata, farinha, feijão, são alguns dos produtos contidos nas cestas que foram entregues com o intermédio de outras organizações como a Pastoral de Migrantes e Refugiados, Indígenas, Ong ConVida, Coletivo Arte de Amar, Centro Pastoral Maria Mãe da Igreja, Lar Amigos de Jesus e comunidade do Lagamar.

A ação de solidariedade faz parte da programação da XI Jornada Nacional da Juventude Sem Terra, que esse ano tem como lema “Juventude em Luta, Pela Vida e Por Direitos”. As jornadas da juventude acontecem sempre durante o mês de agosto, com diversas atividades culturais, de formação, mobilizações e lutas, esse ano por conta da pandemia está acontecendo de forma diferente. Muitas ações têm sido desenvolvidas como a construção de viveiros, plantio de árvores, distribuição de máscaras, atos em defesa da educação e contra o retorno das aulas presenciais e ações nas redes e nas ruas exigindo o Fora Bolsonaro.

De acordo com Luz Marin, da Direção Estadual do MST no Ceará e do Setor de Juventude, as ações de solidariedade mobilizaram assentamentos e acampamentos para doação de alimentos produzidos, “conseguimos arrecadar seis toneladas de alimentos que chegarão à mesa de famílias carentes, compreendendo o momento que estamos vivendo de pandemia, entendemos que é necessário fortalecer cada vez mais essa relação da juventude na produção, mas também nessa relação campo e cidade, como diz a palavra de ordem se o campo não planta a cidade não janta”.

Leticia Feitosa, estagiária do Projeto Aqui tem Sinal de Vida da Barra do Ceará agradece as famílias camponesas as doações de alimentos nesse momento de tanta dificuldade “As cestas de alimentos que chegam nesse momento de pandemia tem sido muito importantes, porque aqui na Barra do Ceará a maioria das pessoas foram afetadas pelo desemprego e estes alimentos vão ajudar essas famílias e vai dar uma nova esperança, eu quero agradecer a todas as famílias do MST que doaram  e contribuíram para manter a periferia viva, fortalecendo assim a relação do campo com a cidade”.

Durante os sete dias de mobilização e trabalho nas diversas ações, foram plantadas 1500 mudas de árvores frutíferas, doadas cinco mil máscaras, seis toneladas de alimentos, diversas faixas e lambes embelezando os espaços coletivos dos assentamentos.

Edição: Monyse Ravena