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Só com o SUS mais forte será possível reduzir mortes e sofrimento

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Só com os trabalhadores protegidos é que nos permitirá enfrentar essa pandemia do coronavírus - Rovena Rosa / Agência Brasil
É fundamental que governos estaduais e municipais tenham regras que possam ampliar recursos do SUS

Só com um SUS mais forte, recebendo uma injeção de fortalecimento, será possível reduzirmos as mortes e o sofrimento no nosso país, que já é o epicentro do crescimento da pandemia do coronavírus em todo o mundo.

Se esperarmos do governo federal uma ação como esta, ela não virá. Não à toa, Bolsonaro foi o personagem principal do editorial de uma das principais revistas acadêmicas em medicina do mundo, a The Lancet, cujo título é a famosa frase que revela o caráter genocida de Bolsonaro. O tal "e daí?", que ele proferiu no dia em que o Brasil ultrapassou a China em número de mortes por covid-19.

Por isso, o Congresso Nacional aprovou algo importante para o fortalecimento do SUS e para a proteção aos trabalhadores. Se trata de um pacote de recursos que autoriza estados e municípios a colocarem recursos na saúde, na assistência social, na proteção à renda e na proteção aos trabalhadores.

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A proposta original do governo em relação a isso, que veio do Senado, estabelecia uma "chantagem" aos governos estaduais e municipais, que, para receberem este recurso, teriam que congelar os salários dos trabalhadores públicos.

E a nossa luta da oposição, sobretudo da bancada do PT, é garantir uma emenda que proteja os trabalhadores da educação pública, os trabalhadores da saúde, os trabalhadores da assistência social, da segurança, da limpeza e manutenção das cidades, assim como todos os demais trabalhadores públicos convocados para as ações do coronavírus. Todos eles agora estão protegidos dessa regra de congelamento de reajustes dos salários.

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É fundamental que os governos estaduais e municipais tenham regras que possam ampliar recursos para a saúde. E só com os trabalhadores protegidos é que nos permitirá enfrentar essa pandemia do coronavírus.

Edição: Leandro Melito