Ceará

Educação

Comunidade acadêmica da UFCA rejeita o Future-se por unanimidade

O movimento estudantil presente na assembleia está mobilizado para criar uma agenda de ações em defesa da UFCA

Brasil de Fato | Juazeiro do Norte (CE) |

Ouça o áudio:

Ao fim, ficou deliberada que o resultado da assembleia seria levado para apreciação do Conselho Universitário (Consuni) em reunião
Ao fim, ficou deliberada que o resultado da assembleia seria levado para apreciação do Conselho Universitário (Consuni) em reunião - Rodolfo Santana

Em votação unânime feita em assembleia geral, a Universidade Federal do Cariri (UFCA) resolveu que não vai aderir ao Future-se, projeto apresentado pelo governo de Jair Bolsonaro em julho como alternativa para a resolução da atual crise da educação. Com auditório lotado de estudantes, professoras e técnicos administrativos, a Universidade agora segue contra o projeto, em coletivo com outras Instituições Federais de Ensino Superior.

O Future-se
O reitor da UFCA, Ricardo Luiz Lange Ness, deu início a assembleia apresentando detalhes sobre o projeto. Em sua fala, Ness destacou que o Future-se não define bem como irá consolidar as ações propostas por meio das Organizações Sociais participantes. 
Mostrou ainda preocupação sobre como seria a gestão de recursos em Universidades criadas a partir de 2007 e 2013, as chamadas “novas” e “novíssimas”. Após as falas da mesa e abertura para as considerações da assembleia, foi tirada a votação em que seria decidido se a UFCA iria aderir ou rejeitar o projeto. Por unanimidade dos presentes, a assembleia deliberou que a UFCA vai rejeitar categoricamente o Future-se.

Encaminhamentos
“Foi um debate muito rico que colocou as várias problemáticas que esse projeto tem, desde não estar bem esclarecido até o ferir da autonomia universitária” relatou Jéssica Alencar estudante de Engenharia Civil da UFCA e militante do Levante Popular da Juventude. O movimento estudantil presente na assembleia está mobilizado para criar uma agenda de ações em defesa da UFCA. 
Junto com os estudantes, técnicos administrativos também se comprometeram a ampliar a agenda de lutas da universidade. “A grande questão no momento é montar o nosso calendário de lutas, porque a gente tem essa consciência de que só vamos derrotar o future-se e o governo Bolsonaro por tabela, nas ruas, na luta.” afirmou Wagner Pires, coordenador de campi na UFCA do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais no Estado do Ceará (SINTUFCE). Ao fim, ficou deliberada que o resultado da assembleia seria levado para apreciação do Conselho Universitário (Consuni) em reunião.

Edição: Monyse Ravena